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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Reflexão sobre disciplina e exercícios

Poucas vezes me perguntei porque o exercício físico é bom para o corpo mas lembro muito bem, que fiz isso inúmeras vezes diante dos 'famigerados' exercícios matemáticos, que naturalmente a gente faz na escola. Para mim é muito claro que isso ocorreu porque não gosto, nem um pouco, de matemática. Interessante é gostar do exercício físico mas não ser seduzido pelo ambiente de uma 'academia'.
O que chamamos de 'academia', curiosamente estava ligado à reuniões filosóficas num jardim. Assim reuniões de grupos específicos carregam o rótulo de academia. A academia que não me atrai é a academia de ginástica. Talvez por gostar da atividade física mas não ter o corpo esculpido como as estátuas gregas. (kkk) Uma academia de ginástica é mesmo um espetáculo de belezas 'da carne' e eu me recolho à minha insignificância. Mas, neste universo atlético, nada é tão impactante quanto o desempenho de um atleta, a excelência muscular específica de cada modalidade, numa olimpíada.
Penso mais ou menos a mesma coisa quando acompanho debates acadêmicos promovidas em universidades. Fico fascinado com tamanha eloquência, conhecimento, profundidade e conexões que novamente nutro sentimentos de reduzidíssima capacidade intelectual. Volto, de encontros como estes, bombardeado de tantas informações e penso: como o ser humano é capaz de elaborar tantas alternativas e pensamentos! Confesso que isso também me encanta.
Gosto de me exercitar, gosto de ler, gosto de inventar, gosto muito de desenhar mas nada para ser comparado a excelência que se encontra numa dessas academias. Meus exercícios estão muito mais próximos de quem gosta de fazer comida ou arrumar a casa - há quem goste - e sente prazer ao executar estas tarefas.

Estou adquirindo o gosto de pintar. Afirmo desta maneira direta para me convencer do que quero e, ao dizer, transformo minhas palavras em compromisso. Desculpe, cada pessoa é de um jeito e, para mim, e esse tipo de autodisciplina imposta, transforma-se em desfio interior. Este compartilhamento em forma de texto me ajuda a organizar pensamentos e sentimentos.
Exercitar o corpo é natural do ser humano. Não fomos feitos para ficar sentados numa cadeira o dia inteiro. Temos capacidade de andar e andamos muito, muito pouco. Podemos movimentar nosso corpo de várias formas e, por não fazer isso, 'enferrujamos'. Enferrujamos também nossa mente quando deixamos de lado a leitura, a reflexão, o conhecimento. E o que dizer de quem se diz apaixonado por desenho e não desenha? Você conhece alguém assim? Afinal, do que você gosta? Você é o que você faz! Se isto é verdade, o que você anda fazendo? Foi a pergunta que fiz diante do espelho quando estes pensamentos vieram, hoje cedo, como um turbilhão. Isso me ajudou a começar a organizar os exercícios de disciplina que comecei a fazer. Já são dez salmos reescritos e eu me surpreendo com isso. Uma semana inteira separando um tempinho para exercitar a aquarela e já estou excitado.
Que tal começar a definir o que você faz, independente de remuneração, para descobrir quem você é ou o que você ama. É preciso refletir sobre o que disse Jesus, o grande mestre:
'Seu coração sempre está no que é tesouro para você'.


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