Fale conosco:

tracooriginal@uol.com.br

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Páscoa

Arrumando um pouco da bagunça aqui no estúdio durante o período de Carnaval achei essa reprodução feita em 1997. Faz muito tempo não é? Sei que já postei esta imagem mas agora resolvi compartilhar um pouco da história dessas artes - algumas postadas neste blog.
Eu trabalhava como diretor de arte, cuidava da administração do setor, relatórios, prazos e reuniões. A grande parte do expediente ficava por conta de questões administrativas.
Eu vivia estressado mas, sem dúvidas, foi uma período muito educativo e próspero.
Para socorrer minha alma angustiada eu usava o tempo de almoço para dormir - dormia mesmo ainda que fosse por quarenta minutos - e em alguns momentos rabiscava, pintava e desenhava livremente.
Numa das andanças pelo parque gráfico, acompanhando uma das peças gráficas, fiquei maravilhado com a textura do papel Kraft que vinha protegendo a bobina da rotativa. Peguei meu conta-fios cumpri minha tarefa. Conferi o trabalho comparando com a prova de prelo (êta tempo bom...). Quando chamei o impressor de lado o impressor, que era um senhor, ficou pálido. Imagino que ele pensou que eu faria alguma correção ou crítica à qualidade do trabalho. Nem toquei no assunto.  Tentei ser simpático. Elogiei a camisa do flamengo que ele usava por baixo do avental grosso que servia de uniforme para aquele forno que era o parque gráfico. Perguntei o que eles costumavam fazer com aquelas folhas que protegiam a bobina. O profissional arregalou os olhos e disse: o senhor quer uma folha dessas? Esse papel de embrulho normalmente vai para o descarte e é vendido junto com as aparas.
Fiz o pedido e recebi algumas dessas imensas folhas circulares (110cm de diâmetro). Fiz, sem corte, sem risco prévio, esse desenho com pastel oleoso.
Mais tarde meu chefe, super competente, apaixonado por relatórios e controlador rigoroso dos horários, viu minhas mãos imundas com a esfregação que impunha ao pastel, comentou com um dos amigos gerentes: "esses caras metidos a artista são mesmo malucos!" Acatei como elogio. Logo em seguida destilou o veneno: "...vai perder uns vinte minutos limpando essa nojeira".
O melhor da história é que o editor de um dos periódicos viu o desenho e produziu um texto baseado nessa ilustração.


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Sonhos e esforço


Trimestralmente produzo, agora junto com meu filho, as artes da Revista Vida Cristã. Vez por outra tenho que ocupar o espaço da foto com ilustração, especialmente se o texto é muito subjetivo. Algumas matérias pedem ilustrações e não preciso muito esforço para convence as editoras da revista a inserir meus desenhos nessas páginas. É verdade que também que não há nenhum pagamento extra no caso de aprovarem uma ilustração para ser publicada. Confesso que é uma satisfação poder fazer isso, mesmo dentro do 'pacote' da revista. Neste trimestre o texto da autora trata dos sonhos e de como a realização desses depende de um envolvimento do sonhador e da resignada caminhada na busca do objetivo. Guardei três palavras re resumem o conteúdo da matéria: Sonho, Esforço e Dependência divina. Daí fiz essa ilustração.


Beatriz sobrinha

Beatriz, aquela que faz feliz.
Prometi que faria um desenho de minha querida sobrinha. Pensei em pintar com aquarela ou acrílica mas, quando encarei a tarefa de desenhar - já disse que é o mai prazeroso - resolvi fazer o mesmo com as outras sobrinhas que tenho. Esse é mais um daqueles desafios que me imponho. O desenho é todo feito à traço, com lápis 2b e 4b e, em seguida finalizei com a minha antiga companheira, a caneta futura. Tudo finalizado no formato A3, escaneei e transformei em vetor. A colorização foi toda feita digitalmente com um programa vetorial. Amo minhas sobrinhas. As vi crescer e cada uma delas traz para mim uma alegre e deliciosa melancolia das diversões com crianças.